A falta de chuva no mês de dezembro do ano passado fez com que as safras de soja e milho das fazendas em Uruçuí, a 453 km de Teresina, tivessem perdas de ate 80%. Na Fazenda Aliança, a expectativa era que houvesse uma produtividade de 60 sacos de soja por hectare, mas houve casos em que se conseguiram apenas cinco sacos.
“A gente que trabalha com agricultura, isso é muito triste de encarar. Aqui tem todo um ano de trabalho. Temos bastante investimento para produzir. Então, chegar ao final e você colher essa quantidade tão baixa é muito triste. Fizemos a parte da gente, mas o resto foi com o fator climático”, afirmou Márcio Sander, gerente da fazenda.
O fator determinante para perdas, que chegaram a 50% na Fazenda Aliança, foi o atraso das chuvas que chegaram de forma irregular em dezembro de 2015. “A primeira parte do plantio a gente fez na época certa, mas depois tivemos um período de estiagem muito grande, que foi em dezembro. Não conseguimos plantar nada, foi ficando tarde para o plantio da soja e acabamos plantando em janeiro, fora de época. Em janeiro choveu bem, mas aí em fevereiro houve pouca chuva”, disse Sander.
Dificuldades também na fazenda Condomínio União onde foram plantados 2.400 hectares de soja. Com a dificuldade, o seu Altair Fianco investiu na plantação de milho. Entretanto, o que deveria ter sido uma boa alternativa também não deu certo. “Tive m prejuízo em dose dupla”. Segundo ele, apenas os 310 hectares de milho plantados em janeiro devem tem um resultado m pouco melhor.
A produção de soja em Uruçuí mexe com toda a economia da região. Com quatro anos de estiagem prolongada, o fracasso da atual safra obriga os produtores a reduzir o quadro de funcionários, alguns deles com muitos anos de trabalho. “A consequência mais grave em toda essa situação, além do prejuízo da fazenda, é o prejuízo de empregos. Eu diria que o Cerrado em Uruçuí está com demissão em massa”, finalizou Altair Fianco
Fonte: G1.globo.com
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