Existem vários formatos de famílias e não há o que seja certo ou errado quando o assunto é quem exerce a maternidade ou a paternidade. Porém, em famílias que seguem o modelo tradicional que conhecemos, o pai e a mãe costumam ter papeis diferentes na criação dos filhos. E, segundo a psicopedagoga Elizabeth Monteiro, dentro desse formato tradicional de família, a figura do pai poderia ajudar a desenvolver a inteligência da criança.
Como o pai ajuda a desenvolver o filho
O tema foi debatido no encontro “Do jeito deles”, promovido por TYLENOL®. De acordo com a psicopedagoga, isso não significa que não há a possibilidade de a criança desenvolver seu intelecto se não tiver um pai presente. Mas, essa figura poderia atuar de forma decisiva caso seja participativa e acompanhe o crescimento do filho.
“Na antiga sociedade patriarcal em que fomos criados, o pai costumava assumir o papel de chefe da família, aquele que é responsável pelas decisões da casa. Ele, culturalmente, representa o poder e o saber. Por isso, em famílias que ainda seguem esse padrão, um filho criado com um pai participante tende a crescer mais seguro e confiante”, diz.
Mas e se não tiver pai presente?
Contudo, Elizabeth ressalta que esse papel de pai é um arquétipo. Ou seja, é um modelo que está no inconsciente coletivo, mas que não deve ser levado como uma regra a ser seguida em todas as casas. Apesar de grande parte das famílias brasileiras serem chefiadas por mulheres, a maior parte da sociedade ainda trabalha com a ideia de família tradicional, onde o pai ganha esse arquétipo de provedor.
“(Nesses núcleos tradicionais), as mães naturalmente assumem um papel de proteção, enquanto os pais tendem mais para o lado da ação. O pai faz mais atividades manuais e físicas, como brincar de bola ou construir um carrinho e a inteligência se desenvolve a partir do ato motor. É a partir do corpo que a criança constrói seu conhecimento”, explica.
Segundo Elizabeth, essa interação faz com que a criança socialize melhor com as outras crianças e ajuda sua inteligência a se desenvolver.
Mas é claro que, por se tratar de um arquétipo, a mãe pode assumir este papel. “Falamos em papel de pai, mas talvez fosse mais interessante falar em energia masculina”, diz. Em outras palavras: as mães podem “brincar igual aos pais”, ter essa força comumente associada aos homens, e, assim, ser um referencial completo para os filhos, sem gerar nenhum problema ao desenvolvimento da criança.
Fonte: Bolsa de Mulher
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