Estudar para um concurso público pode ser uma missão árdua. Para ganhar fôlego e motivação nessa tarefa, muitos concurseiros têm optado por se debruçar sobre os livros em grupo.
Mas será mesmo vantajoso estudar na companhia de outras pessoas? Para João Mendes, coordenador do curso Ênfase, é preciso reconhecer diversos pontos positivos.
O primeiro é ganhar energia para o estudo. “É comum que as pessoas compartilhem suas experiências pessoais, o que acaba servindo como inspiração para as outras”, diz Mendes.
Outro benefício apontado pelo professor é a economia financeira, já que muitas vezes é possível compartilhar livros, apostilas e outros materiais.
“Estudar em grupo também é bom para a troca de informações entre pessoas com conhecimentos diferentes, como um especialista em português e outro em raciocínio lógico", acrescenta Fernando Bentes, diretor acadêmico do site Questões de Concursos.
“As pessoas podem se envolver em um ambiente de troca sadia e produtiva de informações, em que complementam suas fraquezas pelos conhecimentos alheios, ao mesmo tempo que podem ensinar algo também”, explica ele.
Pontos de atenção
Fazer essa opção também tem seus riscos. Segundo Bentes, é perigoso se associar com pessoas que não estão no seu nível. “Se o outro estiver mais adiantado, você pode não acompanhar o raciocínio dele; se estiver menos, você vai ensinar muito mais do que aprender”, explica.
Outro cuidado está em evitar que o encontro se transforme em uma “mesa de bar”. Segundo Gabriel Quintanilha, coordenador do Curso CEJ, estar em grupo exige disciplina e método.
“As reuniões devem ser regulares, com tópicos pré-determinados da matéria a ser estudada, e todos devem participar ativamente, colaborando com seu conhecimento”, afirma.
Tamanho, horário e local
Para manter o foco, o grupo deve ser pequeno, segundo Karina Jaques, professora do curso online Agora Eu Passo. Segundo ela, o número ideal de integrantes é três.
Prestar atenção no tempo também é fundamental. “O cumprimento do horário de estudo é importante, pois ninguém pode ficar esperando um integrante chegar para começar a sessão”, diz a professora.
“O ideal é que o estudo aconteça em um lugar adequado, sem acesso a distrações, e que o bate-papo seja deixado para o horário de lazer apropriado”, completa o advogado Sérgio Camargo, especialista em concursos.
Fonte: Exame
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