Por Jônatas Freitas, ASCOM UESPI
O Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, PARFOR UESPI, realizou um debate na manhã desta quarta (25) no auditório do Palácio do Pirajá, com seus coordenadores da capital e do interior. O evento, que faz parte da programação da semana contra a discriminação racial, objetivou discutir como a lei Nº 10.639/03, que institui como obrigatório o ensino da cultura e história afro-brasileiras, pode ser inserida nos projetos do PARFOR.
Márcia Cristina, Adriana de Sousa, Élio Ferreira e Lindenora de Araújo
O diretor geral do programa, Raimundo Dutra, abriu os trabalhos da reunião, e agradeceu ao NEPA, Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro, coordenado pelo Prof. Dr. Élio Ferreira, e ao grupo Afoxá, que também participou da semana. Também participaram a diretora do Departamento de Assuntos Pedagógicos da UESPI, Lindenora de Araújo, a Profa. Msc. da UFPI, Adriana de Sousa, a Profa. Msc. da Faculdade Zumbi dos Palmares-SP, Márcia Cristina Américo e o Prof. Dr Élio Ferreira.
Segundo o professor Élio, a discussão veio para tornar mais efetivos os diálogos que já vinham sendo feitos na universidade em núcleos e grupos de pesquisa. “Que consigamos colocar em prática e ampliar ainda mais o campo de atuação, de ação das disciplinas relacionadas a literatura, cultura e história afro-brasileiras”, afirma. A diretora Lindenora Araújo corrobora: “Não só ver a lei pela lei, mas ver como a UESPI vai usar os dispositivos nos seus cursos de graduação, e saber como essa história afrocultural será tratada”.
Tirar o foco da educação do europocentrismo e do etnocentrismo, bem como fazer a população negra a se reconhecer como parte constituinte do país, e não contribuidora, este foi o viés da fala da professora Márcia Cristina. De acordo com a professora, a lei 10.639 visa coibir a desigualdade que existe há séculos na sociedade brasileira: “Todos precisamos nos reeducar, porque todos fomos educados a partir dessa educação etnocêntrica e eurocêntrica”, relata a professora.
Debate também mostrou como pessoas historicamente importantes são “embranquecidas” com o passar do tempo
A professora Adriana de Sousa também destacou o pioneirismo da UESPI no debate
Já a professora Adriana de Sousa, egressa da UESPI, afirmou que a segregação histórica dos negros na sociedade brasileira é algo que prejudica a todos, e não só a eles. Segundo, ela, é a escola o ambiente onde a maior parte dos negros começa a sentir a discriminação e o preconceito, daí a importância de se levar isso para discussão para os professores da educação básica. “Precisamos começar uma educação que pense o Brasil de uma forma mais igual”, finaliza.
Professor Raimundo Dutra
Ao final, o professor Raimundo Dutra avaliou o encontro: “Esse debate foi uma oportunidade de dar muito fundamento pra uma discussão que se inicia aqui e que vai continuar. Nós montamos uma comissão com os coordenadores de curso, e essa comissão vai aprofundar essa discussão e com base nela vai elaborar uma proposta de implementação dessa lei nos cursos de licenciatura do PARFOR”, concluiu.
Fonte:
Assessoria de Comunicação - UESPI
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