Dia 24 de Agosto, os pais e avós de João Rafael Kovalski terão poucas razões para comemorar o seu terceiro aniversário. A data; marca um ano de saudade, angústia, revolta, medo e desespero vividos pelo casal Lorena dos Santos, de 33 anos, e Lucas Kovalski, de 25 anos, pelo desaparecimento do filho no quintal de sua casa em Adrianópolis, um município rural na divisa com São Paulo.
O trágico incidente ocorreu numa manhã tranquila de sábado, quando todos os parentes imediatos de João estavam em casa e ele e sua irmã gêmea, Poliana, brincavam do lado de fora. Na ocasião, a avó materna da criança pendurava roupas no varal e viu quando ele cruzou o portão em direção à casa dele. A menina entrou na cozinha para ficar com a mãe e, em um momento de distração por parte dos adultos, o menino desapareceu sem deixar pistas e até hoje não foi encontrado. O incidente devastou emocionalmente as famílias Santos e Kovalski e mudou a rotina de outros moradores na rua de terra batida, paralela a um rio de águas turvas que corta a região rural.
. Reviravolta no caso:
Até então, as buscas pela criança se concentravam no rio, que corre no fundo dos quintais das casas onde moram os pais de João e seus avós maternos. Foram encontrados nas margens do rio um boné igual ao que o menino usava no momento de seu desaparecimento e uma fralda descartável, da mesma marca usada por ele, com traços de sangue. Seus pais alegam que esses objetos foram “plantados” no local, pois João Rafael não poderia ter acesso sozinho ao rio, devido a cerca de arame instalada no quintal e o aspecto íngreme e pedregoso do terreno.
Os imóveis são interligados por um pequeno portão de madeira no muro que divide as duas propriedades, que permitia as crianças circularem a vontade. Entretanto, a denúncia de uma testemunha mudou radicalmente o rumo das investigações. Segundo ela, uma antiga babá das crianças, Leila Santos, pode ser a pivô do sequestro do menino, que supostamente teria sido dado à irmã de um empresário local que reside nos Estados Unidos e não pode ter filhos.
. Preferência por crianças louras:
A matéria do programa de TV não citou o nome do empresário, mas durante as entrevistas da repórter com os pais de João Rafael, vários veículos, identificados por eles como de propriedade do empresário local, circularam em frente à residência do casal. Saudável, alegre, louro e de olhos azuis, os traços físicos do menino são os preferidos dos traficantes internacionais de crianças.
O caso foi destaque no programa de TV Repórter Record – Investigação, apresentado pelo jornalista Domingos Meirelles e exibido no Brasil no início de agosto. O vídeo foi postado no YouTube pela Studio Clipagem, sob o título “Desaparecimento do menino João Rafael completa 1ano”, na terça-feira (5). Durante a entrevista, João Kovalski, avô paterno do menino, que trabalhou 10 anos para o empresário, relatou que foi perguntado diversas vezes por ele se não conhecia alguém que queria “dar” uma criança, mas ela tinha que ter cabelos claros e olhos azuis. João detalhou que assim que chegou à sua casa no dia do desaparecimento do neto, o empresário telefonou-lhe e fez questão de informar que se encontrava em Porto Alegre (RS).
A equipe de reportagem do programa conversou, via telefone, com o empresário que insistiu ter estado na capital gaúcha na ocasião do sumiço da criança. Kovalski disse no programa que o ex-patrão perguntou-lhe uma vez que, caso o seu filho, Lucas, não tivesse condições financeiras de criar o neto, se ele o daria. Aparentando ultraje, João respondeu-lhe que, caso isso acontecesse, ele mesmo criaria o neto e não o daria para ninguém.
. Testemunhas temem represália:
Segundo a testemunha, que não quis se identificar por medo de represálias, a babá, que tinha a chave da casa e conhecia a rotina da família, teria recebido a quantia de $ 30 mil Reais para roubar a criança. Após o incidente, Leila Santos não foi vista mais na região. Essa mesma testemunha relatou na entrevista do programa que, logo após o desaparecimento de João Rafael, sua ex-babá apareceu em Adrianópolis com um computador novo, esbanjando dinheiro e demonstrando claramente falta de compaixão pelos pais da criança desaparecida. Com receio de sofrer represália, a testemunha foi entrevistada e filmada pelo programa de costas, com a voz eletronicamente alterada e trajando uma jaqueta de cor azul com capuz.
. Familiares pedem ajuda:
Lorena, que é funcionária pública, e Lucas, que trabalha como vigilante, vivem em uma casa simples de alvenaria na área rural da cidade; não tendo recursos financeiros para contratar investigadores particulares ou divulgar o caso ao público; dependendo da boa vontade das autoridades locais.
Durante a entrevista da Record, a repórter foi até à delegacia local numa manhã de sábado e a encontrou vazia, ou seja, não havia sequer nenhum funcionário de plantão. Em consequência disso, os pais de João Rafael se valem das redes sociais na busca por ajuda pelo paradeiro do filho desaparecido. Lorena e Lucas iniciaram a
campanha “Todos Juntos por João Rafael Kovalski” no Facebook com o objetivo de tornar o caso público e chamar a atenção das autoridades federais e internacionais.
Leia a descrição 'Sobre' da página:
A página inicialmente foi criada para a divulgação do João Rafael Kovalski, de 2 aninhos, que se encontra DESAPARECIDO, desde o dia 24/08/2013, as 11:00/manhã, desapareceu enquanto brincava no quintal da casa. Após 7 meses de intensos trabalhos de divulgação, uma das proprietárias da página, que é prima do João Rafael e que aprendeu com esta tragédia que os desaparecimentos de crianças são muito comuns, decidiu abrir a página para todas as mães atingidas pela mesma tragédia que a Lorena, para que possam divulgar as fotos de seus filhos desaparecidos. Para isso conta com a compreensão de todos.
HOJE A PÁGINA CONTA COM DIVERSOS ADMINISTRADORES que realizam publicações meio que diariamente na página: Samuel, Zebiane, Laura. Amanda, Katia, Eliane Hale, Lorena, Patricia e Lorena Cristina, TODOS EMPENHADOS NA DIVULGAÇÃO DESTE PEQUENO.
DISK 100 ou 180 - crianças desaparecidas ou abusadas.
CONTATOS para informações sobre o João Rafael Kovalski:
SICRIDE (Serviço de investigação de crianças desaparecidas)
41 3224 6822 POLÍCIA FEDERAL- 41 3219 7344
email - todosporjoaorafaelkovalski@gmail.com contato@desaparecidosdobrasil.org
Esta página se encontra sob supervisão da Associação Desaparecidos do Brasil.org
OBJETIVOS:
Divulgação das fotos de João Rafael e demais crianças desaparecidas. Auxiliar a polícia, repassando toda e qualquer denúncia recebida através desta página. Alertar a sociedade para a questão dos desaparecimentos e suas finalidades. *Use com responsabilidade.
Fonte: anonymousbr4sil.net