sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Diálogo entre várias áreas de conhecimento no II Simpósio Nacional de Crítica Genética na UESPI

Por: Aldenice Sousa
O II Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia, que encerra suas atividades nesta sexta-feira (22/08) na Universidade Estadual do Piauí- UESPI, trouxe ao Piauí pesquisadores de todo o país e promoveu um diálogo entre diferentes áreas do conhecimento como Literatura, História e Arquivologia.

Professores, estudantes e pesquisadores acompanharam as mesas redondas no Auditório Central

O Auditório Central do Campus Poeta Torquato Neto foi palco para três mesas redondas que aconteceram na quinta-feira, com temas que variaram entre a identificação, preservação e indexação de documentos até as semelhanças e diferenças entre o uso de fontes para a Literatura e a História.

As Professoras: Ana Célia Rodrigues (UFF), Sonia Troitiño (UNESP) e Marisa Brascher (UFSC)

Sobre a indexação de arquivos, as professoras Marisa Brascher (UFSC) e Ana Célia Rodrigues (UFF), mediadas por Sonia Troitiño (UNESP), destacaram a representação da realidade feita através da linguagem conceitual utilizada pelos arquivologistas. Marisa Brascher ressaltou a necessidade ética na classificação dos documentos em sistemas de busca.”A Classificação deve ser realizada tendo em vista o interesse dos usuários, e não do arquivo. É preciso respeitar as características culturais”, afirmou a pesquisadora, ao analisar casos em que a ordem dos arquivos disponibilizados em sistemas institucionais presume uma hierarquização de culturas.
O percurso da Crítica genética com os pesquisadores: Sergio Romanelli (UFSC), Cláudia Amigo Pino (USP), Márcia Edlene (UESPI) e Lourival Holanda (UFPE)
O desenvolvimento de pesquisas em Crítica Genética no Brasil e no Piauí foi o tema para as discussões da segunda mesa redonda do dia. A mesa, formada pelos professores Lourival Holanda (UFPE), Cláudia Amigo Pino (USP), Márcia Edlene (UESPI)e Sergio Romanelli (UFSC) tratou do caminho percorrido pela ciência no país, as diferenças entre as pesquisas nas regiões alcançadas pelo estudo dos processos de criação e os desafios para futuras pesquisas na área. Márcia Edlene, coordenadora do Núcleo de Estudos em Memória e Acervo (NEMA), iniciado na Universidade Estadual do Piauí em 2009, fez uma apresentação do acervo do escritor piauiense Fontes Ibiapina, cuja obra serviu para dar início aos trabalhos de Crítica Genética no Estado

Mesa sobre fontes primárias: Durval Muniz (UFRN), Maria Eunice Moreira (PUCRS) e Márcia Ivana (UFRGS)

A última mesa, que discutiu Fontes primárias e sua utilização na Literatura e História, foi composta pelos pesquisadores Maria Eunice Moreira (PUCRS) e Durval Muniz (UFRN), com mediação de Márcia Ivana (UFRGS). Os estudiosos comentaram a falta de cultura arquivística no Brasil, o que dificulta a consulta e estudo de documentos importantes para a compreensão da história do país.” Os anais das assembleias provinciais, dos séculos XVII, na Paraíba e Pernambuco, por exemplo, se encontram em poder privado, ou em instituições estrangeiras como a Universidade de Chicago, porque no Brasil não temos essa tradição da guarda de arquivos”, pontuou o historiador Durval Muniz.
Esta é a segunda vez que a UESPI realiza o Simpósio Nacional de Crítica Genética. O evento é promovido a cada dois anos pelo Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA, da UESPI, em parceria com o Grupo de Trabalho de Crítica Genética da Associação Nacional de Pós- Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística- ANPOLL e o Núcleo de Apoio à Pesquisa em Crítica Genética- NAPCG da Universidade de São Paulo.
Veja a programação.

Fonte:
Assessoria de Comunicação - UESPI
ascom.uespi@gmail.com
(86) 3213-7398
Fonte: UESPI

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