quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Piauí é o 12º em mortes provocadas por raios; tem 56 mortes em 11 anos



O Piauí ocupa atualmente a 12º posição no ranking nacional de mortes provocadas por raios. Ao todo, entre 2000 e 2011, foram registradas 56 mortes por esse motivo. Os números levam o estado a liderar a lista na região Nordeste. Segundo a meteorologista Sonia Feitosa, o Piauí possui as condições favoráveis para a ocorrência de descargas elétricas, que são altas temperaturas, aliada à alta umidade e a nuvem Cumulus Nimvus, caracterizada pela alta densidade e formação vertical.
Campo Largo do Piauí e Nossa Senhora dos Remédios são as cidades do estado que mais têm incidências de raios. Ambos os municípios estão localizados na região Norte e de acordo com Sonia Feitosa, em Campo Largo, a incidência chega a 12,5 raios por quilômetro quadrado. Em Nossa Senhora dos Remédios, os números chegam a 11,7. A cidade que registrou o maior número de raios está no estado do Rio de Janeiro, com 19,6 raios por quilômetro quadrado, e Teresina registra apenas 4,5 em média.
No temporal do último domingo, 12 de janeiro, foram registrados mais de 300 raios, que incidiram sobre Teresina em um intervalo de menos de menos três horas. Segundo a meteorologista, apesar dos altos índices e de estar localizada na Chapada do Corisco, o que motivou o elevado número de raios na cidade foi a época do ano e o período de chuvas.
"O que dizem sobre a alta incidência de raios em Teresina por conta da localização geográfica sobre a Chapada do Corisco não é bem uma verdade. Isso porque a chapada em si é um local alto e atrai com mais facilidades os raios que, quando vem de cima para baixo, atinge o primeiro obstáculo que encontra, ou seja, os locais mais altos. Isso é natural de acontecer", afirma.
CUIDADOS
Os altos índices de mortes acendem também um sinal de alerta à população e para se prevenir de acidentes com raios, a meteorologista Sônia Feitosa orienta que as pessoas evitem áreas altas e locais abertos, além de não abrigar-se em baixo de árvores. O ideal, destaca a meteorologista, é ficar dentro de casa ou em um local isolado, como um veículo com as portas e vidros fechados. Caso não seja possível, estando em um local aberto, é recomendável ficar de cócoras para reduzir o tamanho. "Evitar contato com água e aparelhos eletrônicos também são aconselháveis", explica.

Fonte: Com informações do Diário do Povo do Piauí

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