Em assembleia realizada na tarde de ontem (28), a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) votou contra a realização da greve da categoria na instituição. Apesar das manifestações a favor terem sido maioria, a adesão à greve não obteve dois terços dos votos, necessários para o início do movimento.
A categoria ainda deve realizar novas votações, mas no momento as atividades continuam mantidas na instituição. A categoria aguarda negociações nacionais do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) com o Governo Federal, que serão realizadas nas próximas semanas, para novamente decidir se vão parar as atividades.
As votações foram realizadas simultaneamente entre os professores dos campi de Floriano, Picos, Parnaíba, Bom Jesus e Teresina e foram contabilizados 332 votos no total, dos quais 195 optaram pela adesão à greve, 126 foram contra e 11 preferiram se abster.
De acordo com Alexis Leite, diretor sindical da Adufpi, os 195 votos a favor da greve mostram que os docentes não estão satisfeitos com a situação da categoria.
“Os professores sabem que o que temos hoje é uma farsa de carreira criada pelo governo Federal. A presidente Dilma cortou 9 bilhões da Educação. Nós não aguentamos mais tantos atropelamentos com os professores e estudantes brasileiros. Existem universidades pelo Brasil, que não merecem nem o nome de universidade, os professores não tem uma condição mínima de trabalhar”, afirma Alexis.
Entre os principais itens de reivindicação da categoria estão: a defesa do caráter público da universidade; melhores condições de trabalho; garantia de autonomia; reestruturação de carreira e valorização salarial de professores ativos e aposentados. Além disso, o movimento também manifesta contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta os contratos de terceirizações.
Fonte: Cidadeverde.com
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