O governador do estado do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou em entrevista nesta quinta-feira (18) que não negociará com nenhum grevista e que cortará ponto daqueles que não forem trabalhar. Segundo o gestor, a medida foi necessária para que os profissionais de educação possam voltar as atividades, assim como as outras categorias.
“O único estado brasileiro que sentou-se com os professores para negociar, foi o Piauí. O único estado que apresentou uma proposta para garantir que houvesse a implementação do reajuste do piso que nós já pagamos para o conjunto da carreira foi o Piauí. Apesar disso, é o único estado que decretou greve. É insensato. Temos que pensar nos estudantes, por essa razão determinei corte dos dias parados, determinei suspensão da negociação e todo o esforço para garantir a retomada das aulas”, declarou o governador.
Enfermeiros fazem manifestação em frente ao Palácio de Karnak (Foto: Catarina Costa/G1)
A presidente do sindicato dos professores e auxiliares da administração escolar do estado Piauí, Odeni Silva, informou que a greve já atinge 90% das escolas.
Mais greves
Enquanto isso, os enfermeiros continuam sem trabalhar. A categoria entrou de greve no dia 4 de fevereiro, após o corte de metade da insalubridade no mês de janeiro de alguns profissionais e a falta de reajuste nos anos de 2014 e 2015. Profissionais de Campo Maior, Piripiri, Parnaíba, Picos, Bom Jesus e Floriano aderiram ao movimento.
Com a greve, os setores de ambulatório, por não serem essenciais, estão totalmente parados. Segundo a estimativa do sindicato, isto representa 70% da mão de obra dos hospitais do estado.
Ao longo da greve dos enfermeiros, o governo se negou a fazer qualquer tipo de negociação e acionou o Tribunal de Justiça do Piauí, que decretou a ilegalidade do movimento. O documento determina a imediata suspensão do movimento e o retorno dos servidores aos postos de serviço, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil.
Os trabalhadores da saúde iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (18). A presidente do Sindicato em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Piauí, Edna Martins, informou que ficou acertada na reunião com o governo a devolução da insalubridade, mas a greve continua até que o acordo seja cumprido.
Os técnicos da Universidade Estadual do Piauí paralisaram as atividades na segunda-feira (15). Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Uespi (Sintuespi), Lêda Simone, a categoria reivindica o plano de carreiras que já foi aprovado por lei e garante um reajuste salarial para os servidores promovidos. O pagamento, segundo ela, deveria ter começado a ser feito em novembro, assim que a lista dos servidores foi divulgada no Diário Oficial, mas até a presente data a lei não vem sendo cumprida.
Fonte: G1.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário