Em plena atividade, a Academia Piauiense de Letras finaliza o ano de 2016 com o lançamento de quatro títulos pela sua Coleção Século XXI, que tem a proposta de editar obras novas e revelar autores. Na noite desta quinta-feira (22), haverá o lançamento de "Alfredo e Rosa e a Descendência da Esperança - A família Pires Lages de Barras do Marataoã", de Maria do Socorro Lages Gonçalves. Já nesta sexta-feira (23), será a vez do lançamento das obras "Transmutação crítica do caos", de Martinho Miranda; "Mediquês", de Gisleno Feitosa; e "Piauiense, sim senhor", de Lisete Napoleão Medeiros; além da mais nova edição da Revista da APL.
A obra de Socorro Lages é uma pesquisa memorialista sobre a família Pires Lages, que se fixou na região de Barras, Campo Maior e Parnaíba, ao norte do Piauí, e espalhou descendentes. No prefácio do livro, assinado pelo advogado e escritor Gilberto de Abreu Sodré Carvalho, fica claro que Socorro Lages buscou ambientar seu texto nos relatos repassados por seus avós, Alfredo e Rosa, através de cartas e de objetos materiais deixados por eles.
"O resgate do passado se faz por meio de objetos de uso pessoal dos ancestrais, inclusive cartas e diários, e de itens e mobiliário de suas casas, por fotografias que remetem ao ambiente onde as vidas dos nossos antigos se desenvolveram. Bem como por registros escritos, de hoje, que descrevam as ocorrências. Essas narrativas e genealogias são, de regra, feitas por descendentes para levar adiante, no futuro, o que podia se perder", afirma Gilberto de Abreu Sodré Carvalho em seu prefácio.
Com essa coleção de obras, a Academia abre um espaço para novos autores e livros inéditos, de temas diversos, buscando, assim, oferecer ao público o que está sendo produzido de mais novo no mundo literário piauiense. "É uma forma de a Academia iniciar o seu segundo século de vida abrindo os caminhos para o novo, mostrando que os nossos autores estão em plena produção", explica Nelson Nery Costa, presidente da APL.
Em 2017, a APL completa os seus 100 anos de existência. As comemorações se iniciaram ainda no fim do ano passado, com a Coleção Centenário. Com esta coleção, a Academia está fazendo um resgate do que foi produzido neste século, premiando a comunidade literária com a reedição de obras que já haviam sido esquecidas, umas até que não existiam mais exemplares no Brasil. Muitas delas foram encontradas em bibliotecas públicas e acervos particulares no exterior, numa investigação minuciosa e trabalho manual de pesquisa.
Portanto, o próximo ano será de festa e celebração tanto para os imortais como para a comunidade literária piauiense. "Estamos preparando vários eventos comemorativos. Um deles é o Museu da Escrita, que ficará no prédio do Antigo Meduna. Estamos fazendo uma parceria com a Prefeitura de Teresina, que vai fazer a reforma do prédio, e com o Shopping Rio Poty, que está incentivando a obra de revitalização desse prédio, que é carregado de história. Muita coisa virá e estamos empenhados em fazer desse centenário o início de uma nova era na Academia", finaliza Nelson Nery.
Fonte: Cidadeverde,com
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