terça-feira, 13 de novembro de 2012

A situação da falta de água na seca do Estado do Piauí já virou assunto nacional, o Portal Estadão fez uma reportagem falando sobre o caso que já virou situação de emergência, confira a matéria na íntegra:

Só carros-pipa matam sede em cidades do Piauí São 215 dias sem chuva e 200 municípios em estado de emergência ou calamidade no Piauí. O nível dos reservatórios de água do Estado está abaixo de 30%. Segundo o governo, serão construídas 189 barragens no semiárido para amenizar os efeitos da estiagem, que deverá durar mais três meses. A solução é a compra de água de carros-pipa. Com os poços secos, 8 mil litros de água chegam a custar até R$ 300 - muito dinheiro até para quem tem condições de pagar. Em Jaicós, na região de Picos, apenas dois poços abastecem 18 mil habitantes; em Queimada Nova, resta só um poço para 8,5 mil pessoas. Em Queimada, a maioria da população compra água da Serra da Umburana, a 40 quilômetros. Os carros-pipa cadastrados não podem comercializar mais do que 2 mil litros d'água por dia, o que compromete o abastecimento até mesmo para quem quer pagar. "Aqui saímos a procura dos donos dos carros e negociamos. Só que geralmente eles já estão com a cota de 2 mil litros comprometida por cinco dias", diz o aposentado José Neto. Nas fazendas. A seca tem afetado também os moradores da zona rural. Segundo o presidente da Federação da Agricultura do Piauí, Carlos Augusto Carneiro, mais de 550 mil cabeças de gado já morreram por causa da estiagem - um terço do rebanho. Carneiro disse que os criadores vendem o patrimônio para conseguir recursos para comprar alimento para os rebanhos. "Estamos sem saber o que fazer, porque não temos condições de manter os animais assim. Vendi uns terrenos para comprar milho e algodão para dar aos bichos para eles não morrerem", conta Carneiro, que tem uma fazenda com mil cabeças de gado e mil de caprinos. A Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado suspendeu a vacinação contra febre aftosa porque o rebanho estava muito debilitado e poderia não resistir à vacina. Para socorrer os criadores, o governo do Piauí anunciou a distribuição de milho com preço subsidiado para tentar salvar os rebanhos. A nova distribuição socioeconômica do país, com mais pessoas tendo acesso a bens de consumo, fez com que a classe C, ou classe média, passasse a ser maioria no uso de redes sociais na internet. A constatação foi feita por pesquisa do Instituto Data Popular (IDP), que será apresentada no Fórum Novo Brasil, amanhã (12) e terça-feira (13), em São Paulo. Um dos convidados é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
De acordo com a pesquisa, que ouviu 1,8 mil pessoas nas ruas de 57 cidades e 20 mil pela internet, 48% dos 75 milhões de internautas brasileiros são da classe média - assim considerada a família com renda mensal entre R$ 1.540 mil e R$ 2.313 mil. A pesquisa informa que 44% estão nas faixas A e B, que compõem a classe alta, e 8% são dos estratos sociais D e E, de mais baixo poder aquisitivo.
Os internautas da classe C são responsáveis por 56% de acessos no Facebook e 55% no Twitter, contra 24% da A/B nos dois casos. Quadro totalmente diferente de pesquisa semelhante feita em 2009, que apontava absoluto domínio da classe alta nas duas redes, de acordo com o diretor do IDP, Renato Meirelles.
Virada perfeitamente normal, segundo ele, considerando-se que em torno de 30 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado de consumo nos últimos dez anos, nas contas do governo. Fato que alargou a base da classe média, estimada em 101,1 milhões de brasileiros, equivalentes a 53% dos 190,7 milhões de brasileiros registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. A baixa renda reúne 51,5 milhões (27%) e 38,1 milhões (20%) estão na classe alta.

Fonte: Jornal do Brasil

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