levantamento iniciado esta semana pelo Sindicato dos Bancários do Piauí, nas agências públicas e privadas localizadas no Centro de Teresina, mostrou que pouco ou quase nada das regras previstas pela Lei estadual 6.168/12 é, de fato, respeitada. A lei determina uma série de ações para reforçar a segurança nestes ambientes, que são alvos constantes de arrombamentos, explosões e assaltos. O estudo continua e pretende analisar a situação das agências de todo o Piauí, resultando em um relatório que será enviado aos órgãos de fiscalização.
Em dois dias de trabalho, a comissão formada por seis membros da diretoria do Sindicato dos Bancários do Piauí percorreu praticamente todas as 15 agências bancárias públicas e privadas que funcionam no Centro de Teresina. E o que viram não foi nada animador: "Com exceção das portas giratórias, praticamente nenhum dos outros itens de segurança previsto foram instalados como manda a lei. Isso aumenta a vulnerabilidade das agências, expondo clientes e funcionários ao risco", observa o diretor do sindicato, João Neto.
Em algumas agências públicas, a equipe constatou que já começou a instalação de divisórias opacas e miombos, que impedem a visualização do que está sendo movimentado nos caixas de auto-atendimento. Porém, lembra o sindicalista, ainda há muito a ser feito. "Em praticamente nenhuma delas os vigilantes atuam com armas letais, coletes adequados ou têm uma cabine de segurança, como manda a lei", afirma João Neto.
Outra constatação preocupante é que nenhuma das fachadas das agências possui câmeras interligadas à Central de Monitoramento da Polícia Militar, como determina a legislação. "Essa medida simples poderia inibir as explosões de agências e caixas eletrônicos, que têm se tornado tão comum a cada dia", diz João Neto, enfatizando que a comissão constatou, também, que algumas agências visitadas não dispõem de vidros blindados.
O diretor reforça que a meta do sindicato é visitar todas as agências bancárias do Piauí. Na próxima semana, a comissão deve percorrer as agências das regiões periféricas da capital. A partir do mês de janeiro, a equipe segue para as cidades do Interior. Com as informações coletadas, objetivo é enviar os para o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público do Estado (MPE).
"Depois de ter os dados, esperamos que o Ministério Público dê um prazo aos bancos para implementação de todos os dispositivos de segurança, bem como aplique as devidas penalidades em casos de não cumprimento do que determina a lei", ressalta João Neto, enfatizando que as punições previstas são: advertência, multa e até o fechamento da unidade bancária.
De acordo com o levantamento do sindicato, até agosto deste ano, foram registradas sete ocorrências envolvendo explosões e arrombamentos de agências ou correspondentes bancários, além de caixas eletrônicos, no Piauí. A maioria delas aconteceu em cidades do Interior. No ano passado, o gerente da agência de Luzilândia (situada na região Norte do Piauí), Humberto Veloso, foi assassinado por bandidos que invadiram e assaltaram a agência bancária da cidade.
Fonte: 180graus.
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