segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ipea aponta soluções para melhorar acesso à banda larga

Para ampliar o acesso da população à internet de alta velocidade, o país
deve investir em novas formas de acesso à rede, como o telefone móvel e o
televisor, além de oferecer planos de internet pré-paga, tarifas
diferenciadas e investir na capacitação da população. Essa é uma das
conclusões do estudo Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no
Brasil 2011/2012, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em
parceria com a Federação Brasileira das Associações Científicas de
Comunicação (Socicom).
Segundo o artigo do pesquisador Rodrigo Abdalla Filgueiras do Ipea, a
atual política de desoneração de tributos para computadores pessoais não é
suficiente para aumentar o uso de computadores em domicílios aos patamares
almejados pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
"Novas formas de acesso – em especial o telefone móvel e o televisor –
devem ser consideradas como opções de acesso à internet pela população de
baixa renda e, consequentemente, na política de desoneração fiscal. Além
disso, mais telecentros públicos devem ser colocados à disposição da
população como forma complementar de acesso à internet".
O pesquisador também disse que a capacitação da população avança em
ritmo mais lento que o desejado pelo PNBL e aponta a necessidade de
estimular a criação de novos cursos e ampliar vagas nos já existentes,
utilizando, por exemplo, o Sistema S.
Em relação ao pagamento pela internet banda larga, o pesquisador sugere
que seja ampliada a oferta de planos pré-pagos e de preços fracionados para
acesso à internet. Segundo ele, em vez de planos mensais, é necessário
oferecer acessos por faixas de horário ou capacidade de tráfego. "A
inclusão digital das famílias na base da pirâmide também depende da criação
de modelos de negócios inovadores, condizentes com sua disponibilidade de
renda".
Outro artigo do estudo, escrito pelos pesquisadores do Ipea Rodrigo
Abdalla Filgueiras de Sousa e Carlos Roberto Paiva da Silva, sugere o uso
de satélites na formação da infraestrutura de comunicação do país,
especialmente para a expansão da banda larga. "Um país de tamanho
continental, como é o caso do Brasil, não pode prescindir do uso do
satélite na formação de sua infraestrutura de comunicação".

Fonte:Com informações Agência Brasil

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