Contudo, o município de Picos vem sofrendo com a seca deste ano, que ameaça, além de outras culturas, a indústria do caju, que envolve a cajuína, os doces e o beneficiamento da polpa.
De acordo com a Emater, a perda na produção é esperada, mas que não há previsões em relação a números. “Não podemos oferecer dados concretos ainda, o que temos feito é acompanhar a situação de perto com os municípios e aguardar o resultado da produção. Se houver perdas consideráveis para os produtores, nós providenciamos medidas de amparo do governo, como o seguro-safra, para aqueles que têm a renda comprometida”, disse o assessor de agroindústria do caju, Milton Costa.
O Piauí, que reúne 120 produtores de cajuína cooperados, registrou a produção e comercialização de 1,5 milhão de garrafas da bebida, apenas em 2011.
De acordo com o presidente da Cajuespi, Cooperativa dos Produtores de Cajuína do Piauí, Lenildo Lima, a grande preocupação dos produtores com a seca foram os investimentos feitos este ano, cerca de R$ 2 milhões em equipamentos novos e garrafas. Os produtores precisam recuperar o valor investido.
“Mesmo com a seca grave em Picos, a Cooperativa espera obter uma produção de 2 milhões de garrafas este ano, além de manter a fabricação de doces e polpas. Pretendemos atingir a meta, já que tudo o que é produzido tem comercialização garantida e rápida”, disse Lenildo Lima. Toda a produção tem destino certo, com a comercialização de 36 mil garrafas mensais apenas para uma rede de supermercados.
Compradores do Maranhão devem levar em 2012 cerca de 60 mil garrafas do Piauí. Os novos equipamentos devem garantir o aproveitamento máximo de toda a safra. Outra novidade do setor, é a implementação da fruta na merenda escolar em Teresina. O presidente da Cajuespi afirmou que a partir de julho a prefeitura de Teresina vai comprar os produtos do caju para servir aos alunos da rede pública de ensino.
Fonte: Meionorte
Nenhum comentário:
Postar um comentário