Uma pesquisa inédita avalia o desenvolvimento da cana-de-açúcar adubada com o silício e sua resistência ao ataque de cupins. O silício é um pó obtido da trituração de uma rocha chamada wollastonita, resultando num composto de silicato de cálcio e magnésio. A cultura da cana-de-açúcar é muito propensa ao ataque de cupins, que causam prejuízos de até 10 toneladas por hectares. Devido a isso é muito frequente o uso de inseticidas, que provocam danos no solo. A pesquisa foi desenvolvida pelo Professor Doutor Renato Santos Rocha, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Professor Barros Araújo, Picos-PI. Apresentada como tese de doutorado recentemente defendida na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a pesquisa é intitulada “Aspectos nutricionais da cana-de-açúcar com silício e sua resistência a cupins no município de Aldeias Altas, Maranhão”.
O Professor Renato Rocha justifica a importância da utilização do silício para adubar a cana-de açúcar e assim diminuir o uso dos inseticidas. “O inseticida, além de contaminar os lençóis freáticos, ainda diminui a presença de insetos que são inimigos naturais de outras pragas”, explica o professor. “Então a intenção final dessa pesquisa é reduzir a aplicação de elevadas doses de inseticidas. Isso também implica em redução de custos no plantio para o produtor”.
O Brasil é hoje o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e dos seus produtos. Além disso, está à frente no desenvolvimento de tecnologia voltada para cultura da cana. “Este trabalho vem somar a outras pesquisas já realizadas para manter a hegemonia brasileira na produção de cana”, afirma Renato Rocha. Para realizar sua pesquisa, o professor Renato Rocha realizou um trabalho de campo durante dois anos nas áreas de produção de cana-de-açúcar na zona rural do município de Aldeias Altas, Maranhão.
Formado em Engenharia Agronômica, Renato Rocha é professor efetivo da UESPI no Campus de Picos. Ele foi consultor da FIEP e professor da UFPI. Atuando em Picos, ele pretende estender suas pesquisas com o uso de silício para outras plantas cultivadas no semiárido piauiense. Outros professores e alunos do curso de Engenharia Agronômica da UESPI de Picos devem tomar parte nas próximas etapas da pesquisa.
Professor Dr. Renato Santos Rocha expõe os benefícios do uso de silício no plantio de cana-de-açúcar
O professor Evandro Alberto, diretor do Campus de Picos, comenta que esse tipo de pesquisa se reverte em ganhos tanto acadêmicos quando para toda a sociedade, beneficiando não só Picos mas quem produz cana-de-açúcar, trabalha com o plantio ou, de alguma forma, utiliza o produto e seus derivados.
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Fonte: UESPI.COM
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