O Brasil Ecodiesel, que agora se chama Vanguarda Agro, ainda não sabe o que vai fazer com suas terras no Piauí, muito menos com a usina que possui em Floriano. Durante o início do governo Wellington Dias, a empresa ganhou terras públicas no Estado, mas a produção de biodiesel foi um fracasso.
Agora, a empresa pretende vencer 42 mil hectares de terras que possui nos Estados de Minas Gerais, Bahia, Piauí e Ceará. Para a empresa, essas terras não fariam parte das terras doadas pelo governo petista. Ao todo, o governo Wellington Dias entregou 18 mil hectares para a Brasil Ecodiesel.
Por outro lado, o governo não fala mais no ‘projeto verde’, muito menos não acompanha o destino das terras que foram doadas para a empresa que agora vai abandonar o projeto da mamona.
Segundo o jornal Estado de São Paulo, o presidente da Vanguarda Agro, Bento Moreira Franco informou que, ‘são terras pobres e que não servem para o plantio de soja, milho ou algodão, são os produtos em que a Vanguarda vai se concentrar’.
Franco explica que as terras foram adquiridas quando o foco da empresa era o plantio de matéria-prima para produção de biodiesel, principalmente mamona e pinhão manso.
A empresa ainda não sabe o que fazer com a usina de produção de biodiesel que possui em Floriano.
‘Dificilmente alguém consegue ter lucro nesse setor. O biodiesel tem desvantagens competitivas que tornam sua produção inviável’, explica o recém-eleito presidente do conselho de administração da Vanguarda Agro, Salo Davi Seibel. Segundo Seibel, a empresa analisa as mudanças na realização dos leilões para ver se vale a pena voltar a produzir biodiesel.
Com a saída da Veremonte do capital social da empresa, o bloco de controle é formado por Otaviano Pivetta, com 26,5% das ações, os irmãos Hélio e Salo Davi Seibel com 20,5% e Sílvio Tini, com cerca de 10%. Juntos, eles possuem cerca de 57% do capital da Vanguarda.
Segundo Seibel, a Veremonte, de Bañuelos, saiu por conta própria, descontente com o fato de os demais acionistas não aprovarem o formato do fundo de terras que ela queria criar para expandir a área plantada da empresa. "O fundo de terras não era viável e não conseguiria dar retorno para seus investidores sem provocar danos à saúde financeira da Vanguarda."
A proposta, segundo Seibel, trazia uma série de custos: "Os potenciais investidores teriam que pagar uma taxa de entrada e uma de saída, que iria para a Veremonte, administradora do fundo. Além disso, as taxas que seriam cobradas estariam acima do mercado e isso tudo entraria como custo para a Vanguarda".
A Vanguarda teria que arrendar suas terras para o fundo e, para usá-las, pagaria um aluguel a valores considerados acima do mercado. "Nossa estratégia é não colocar interesses particulares acima dos interesses da empresa", diz Seibel. Ele afirma que o projeto de fundo de terras não foi descartado, apenas o formato apresentado pela Veremonte.
Fonte:180graus.
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