De acordo com o estudo, a saída dos jovens pode levar a dois tipos de situação: voltar a estudar ou permanecer em casa sem trabalhar ou estudar. Houve um crescimento de 10,6% entre homens e de 3,6% entre mulheres que estudam e estão fora do mercado de trabalho.
Segundo o estudo, 26% dos homens e 30,4% das mulheres desta faixa etária estudam e não trabalham. Dois anos antes, os índices eram de 23,5% e 29,3%, respectivamente.
Houve também um aumento do índice de jovens de 15 a 24 anos que não estudam e não trabalham. Entre os homens, o índice cresceu 26,9% em relação a 2009, passando de 7,1% para 9%. Entre as mulheres fora do mercado de trabalho que não estudam, o aumento foi de 8,3%, passando de 18,2% para 19,7%.
A pesquisa conclui que “a redução observada na oferta de trabalho dos jovens no período recente tem tanto um lado positivo, que é o investimento do jovem em seu capital humano, quanto um lado negativo, pois ficar sem trabalhar e sem estudar tende a ser uma situação ruim para o jovem e a sociedade tanto no presente quanto no futuro”.
Ainda segundo o estudo do Ipea, entre 2001 e 2011, o grau de informalidade caiu quase 10 pontos percentuais, a jornada média de trabalho semanal diminuiu 4% (cerca de 1h40min) e as ocupações de baixa qualificação reduziram sua participação no total de postos de trabalho, enquanto as de média e alta qualificação ganharam peso. As mudanças em termos de escolaridade mostram que os trabalhadores com pelo menos o ensino médio já representam mais da metade dos ocupados no país.
O estudo afirma ainda que a desigualdade de rendimentos do trabalho caiu continuamente de 2001 a 2011. Já o rendimento real médio caiu de 2001 a 2003, quando passou a subir até 2011, à taxa média de 3,7% ao ano.
Os ganhos dos trabalhadores menos escolarizados e mais jovens cresceram mais rapidamente que os demais, reduzindo os prêmios salariais por educação e idade. Os menos escolarizados também reduziram fortemente sua participação no mercado, aumentando a importância de ter escolaridade para estar ocupado. Os trabalhadores com 11 anos ou mais de escolaridade passaram de 30% do total de ocupados em 2001 para quase 50% em 2011. Já o grupo de trabalhadores com baixa escolaridade (até três anos de estudo) reduziu sua participação de 25% dos ocupados em 2001 para pouco menos de 15% dez anos depois.
Fonte: Com informações do G1
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