domingo, 6 de dezembro de 2015

Curso de Tecnologias Assistivas ajuda a quebrar barreiras para deficientes visuais no Piauí

Com informações de Marina Ribeiro e Marco Freitas

O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR, na modalidade presencial, é um Programa criado pelo governo federal com o objetivo de melhorar a oferta de educação superior gratuita e de qualidade. Por meio da Coordenação Geral da Universidade Estadual do Piauí, tem ganhado destaque em ações em defesa dos direitos humanos, com diversas atividades abordando a igualdade racial, direito das mulheres além de projetos voltados para alunos com algum tipo de necessidade especial.


No quesito educação inclusiva, o PARFOR vem realizando projetos em diversas cidades do estado do Piauí. Um dos projetos de destaque foi o “Tecnologias Assistivas – um caminho para a inclusão”, que consiste em uma série de oficinas ministradas pela professora Ma. Rogéria Rodrigues nos municípios de Campo Maior, Parnaíba, Uruçuí, São Raimundo Nonato e Floriano. O projeto traz debates acerca das dificuldades encontradas pelos professores na educação de pessoas com deficiência visual, além de proporcionar aos alunos e futuros professores o acesso e aprendizagem no manuseio de novas tecnologias assistivas, entre elas a audiodescrição, sintetizadores de voz, leitores de telas e o Sistema Braile.


Uma das práticas realizadas durante o curso, utilizando a tecnologia da audiodescrição

A Profa. Ma. Rogéria Rodrigues, que é Pedagoga e Mestra em Educação, define o objetivo do projeto: “Queremos orientar os professores a trabalhar com pessoas com deficiência visual na sala de aula, para que aprendam a utilizar as chamadas tecnologias assistivas, como a audiodescrição, o audiolivro e o livro digital para ajudar no processo de ensino-aprendizagem”, afirma Rogéria, que possui deficiência visual e foi a primeira com essa deficiência a concluir um mestrado no Piauí .


Profesora Rogéria, junto de uma das monitoras do curso

Segundo ela, no curso os professores aprendem na prática: “Trabalhamos também com o braile (uma das tecnologias mais antigas na escolarização de cegos) e com programas sintetizadores de voz, que, podem ser instalados em qualquer computador. Fazemos também uma sessão de cinema com vendas nos olhos, para que as pessoas sintam um pouco o que é não ver”, acrescenta.
De acordo com a docente, o curso é uma oportunidade única, sobretudo para professores que lecionam nos municípios dos interiores. “A ideia é que esses mestres aprendam a trabalhar as tecnologias assistivas e assim consigam ajudar a diminuir as barreiras existentes na vida das pessoas com deficiência. A dificuldade maior é a falta de instrução em lidar com essas crianças”, explica Rogéria.
Com a melhor orientação dos professores, Rogéria acredita que o aluno com deficiência visual deixará de ser visto como um problema em sala de aula. Para ela, o curso mostra que, com as técnicas adequadas, as capacidades desses alunos podem ser exploradas assim como as dos estudantes demais estudantes.

Fonte:
Assessoria de Comunicação - UESPI
ascom.uespi@gmail.com
(86) 3213-7398

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