segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

PREFEITURA E igreja são acusadas de vender terras no PI

A prefeitura de Morro do Chapéu do Piauí e a Diocese de Parnaíba estão sendo acusadas de tentar vender as terras onde moram proximadamente 500 famílias do município.
Segundo Bernardo Siqueira, que faz parte do sindicato dos trabalhadores rurais, as terras da cidade pertencem a São Francisco, o santo padroeiro, e sempre foram ocupadas pelos moradores. Mas de acordo com o sindicalista, a prefeitura e a igreja se uniram e conseguiram na Justiça uma Liminar autorizando a venda das terras.
“É um absurdo o que a prefeitura, com o apoio da igreja, que tem a frente o padre Ernesto, estão tentando fazer com a população. Nós sempre moramos aqui. Tem família que vive há 20 anos, outras a 30, 40, todos são simples. E para mostrar que não vamos aceitar esta decisão nós estamos preparando um grande protesto no domingo pela manhã. Vamos reunir cerca de 3 mil famílias e elaborar um abaixo-assinado para entregarmos ao bispo, Dom Alfredo Charpe, da Diocese de Parnaíba. Queremos uma solução para esta situação", destaca Bernardo Siqueira, afirmando que muitas famílias não têm dinheiro para comprar os terrenos e temem ficar sem moradias.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
Para o sindicalista Bernardo Siqueira, a ação ditatorial da prefeitura é uma perseguição política, pois ele faz parte da oposição política no município. "Na verdade, desde 1996 que a prefeitura tenta me desapropriar. Agora eles conseguiram uma Ação Reivindicatória de Posse me impedindo de construir o muro de minha residência”, contestou.
VALORES DOS TERRENOS
Conforme relato do morador Bernardo Siqueira, o sindicato teve acesso a um documento em que a prefeitura cobra de um proprietário o valor de R$ 20.480,00 em um lote que mede cerca de 1.000m² (mil metros quadrados).
PREFEITURA DE MORRO DO CHAPÉU
A prefeita Amarilda Portela (PMDB) falou ao 180graus sobre o impasse na cidade de Morro do Chapéu. Segundo ela, há realmente um processo na Justiça para desintegrar algumas famílias, mas apenas as que estão em áreas doadas à prefeitura.
“São áreas que foram doadas à prefeitura quando a cidade foi emancipada. Agora a prefeitura vai construir a praça pública e precisa do local, por isso o pedido para os moradores deixarem o local”, destaca a prefeita.
Sobre as denúncias de que a prefeitura estaria perseguindo o cidadão Bernardo Siqueira, a prefeita Amarilda afirma que isso não existe. “Este cidadão que se manifestou ai mora em uma área da prefeitura, não existe perseguição. Não queremos desapropriar quem está legalmente. Mas este caso está na Justiça e vamos esperar para sabermos o que será decidido”, reforçou a prefeita.
Fonte: 180graus.

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