Com participação de muitos grupos de capoeira que estiveram presente no Workshop ao longo da Jornada, a palestra foi enriquecida com a perspectiva teórica que o Prof. José Olímpio trouxe acerca da prática do esporte. De acordo com ele a capoeira é dialética, negação, movimento e liberdade. “É preciso localizar a capoeira no espaço e no tempo para perceber que ela é negação. Negação de um passado que foi escondido, mas que em sua essência é um movimento em busca de liberdade”.
Ele ressaltou a necessidade de políticas públicas direcionadas à capoeira e de como ela precisa que seus praticantes entrem em contato com a cultura popular e manifestações culturais para que possam ocupar os espaços de decisão. “ O capoeirista precisa se organizar para que o Estado nos dê suporte logístico, mas não podemos depender unicamente deles, nem aceitar prontamente o que o Estado determina”, alertou o mestre.
Os desafios da profissionalização e de que forma a capoeira pode estar dentro da escola, marcaram a participação de Dagoberto Ventura. “ A capoeira deve adentrar a escola efetivamente e não apenas como uma alternativa que poucos dão atenção. É possível colocar ela lá dentro seja qual for a área, História, Geografia, Educação Física, pois ela perpassa por tudo isso”, acrescentou.
O Prof. Dr. Robson Carlos, enfatizou a importância desse aprendizado. ‘’A capoeira educa, faz com o aluno vá tendo acesso a várias informações da própria história, transitando por vários campos, mudando o modo de pensar, por isso é importante que os praticantes, principalmente os mais jovens, tenham consciência do estudo acima de tudo’’, disse o coordenador do projeto de extensão, destacando a necessidade da teoria estar aliada à prática nos jogos de capoeira a fim de que seja uma atividade realmente libertadora .
Por: Carmen Kemoly (Estagiária-Ascom)
Fonte: Uespi.
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