domingo, 14 de junho de 2015

Idiocracia? R$ 100 sacado no cheque especial em 1994 geraria uma dívida de R$ 500 bi ou 10 % do PIB do Brasil, R$ 100 aplicado na poupança renderia apenas R$ 967,66



Atenção, internauta: Você sabe a real diferença entre a velocidade em que cresce uma dívida e uma poupança? A inadimplência do consumidor cresceu quase 15% nos primeiros quatro meses de 2015 na comparação com o mesmo período de 2014, segundo a Serasa Experian. Ao mesmo tempo, as retiradas das cadernetas de poupança superaram os depósitos em cerca de R$ 32,28 bilhões até o final de abril. 
Para ilustrar o quanto o brasileiro é refém de quem empresta dinheiro — especialmente os bancos — e o quanto o rendimento da poupança cresce em ritmo lento, o R7 pediu ao economista e diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira, para calcular o valor de R$ 100 hoje em duas situações distintas: primeiro aplicado na poupança em 1º de julho de 1994, data de criação do real. Depois, o mesmo valor retirado do cheque especial na mesma data. 
A aplicação de R$ 100 na poupança em julho de 1994 até maio de 2015 teria um rendimento líquido de 867,65% no período. Em valores absolutos, os R$ 100 se transformariam em R$ 967,66 — dinheiro suficiente para comprar um smartphone padrão ou passar um fim de semana sem ostentar no Rio de Janeiro para o casal. Por outro lado, o mesmo valor de R$ 100 retirado do cheque especial gera uma dívida estratosférica. Já ouviu falar em saldo negativo que vira uma bola de neve? Esse exemplo ilustra muito bem. Segundo o economista da Anefac, a taxa média de juros do cheque especial nesse período — de julho de 1994 a maio de 2015 — foi de 9% ao mês. Em valores absolutos, a dívida de R$ 100 "estaria em incríveis R$ 569.954.862.564,30", de acordo com cálculos do executivo. 
Veja bem a diferença: enquanto a poupança rendeu o suficiente para comprar três pares de tênis e um ingresso para o cinema, uma eventual dívida do mesmo valor aplicado na caderneta seria equivalente a 10% de tudo o que o Brasil produziu e gerou de riqueza em 2014 (PIB). Ou seja, seria impagável!
Fonte: anonymous4rasil.net

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