“O paciente, quando não está tratando o HIV, convive com um processo de atividade inflamatória. E foi se descobrindo que essa inflamação é deletéria. Conviver com o vírus com atividade inflamatória leva a danos teciduais no pulmão, no cérebro, por exemplo. O que se tem agora em evidência é que viver com o vírus HIV pode estar associado a um envelhecimento precoce”, disse o médico Luiz Carlos Pereira Junior, coordenador da pesquisa no Brasil.
De acordo com Pereira, a pesquisa pretende encontrar o melhor momento para iniciar o tratamento, nem cedo demais, quando o paciente pode sofrer com os efeitos colaterais dos medicamentos, nem tarde demais, quando a atividade inflamatória do vírus pode prejudicar algum órgão. Serão dois grupos de pacientes. Metade farão o tratamento como é executado hoje, com a imunidade baixa. A outra metade tratará o vírus com a imunidade normal.
Os resultados deverão ser apresentados em cinco anos. No total, participam 226 centros de pesquisa de 35 países, sendo sete no Brasil, coordenados pelo Instituo Emílio Ribas, em São Paulo, e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
No Brasil, a pesquisa deverá ter a participação de cerca de 500 pacientes. Interessados em participar devem ter o diagnóstico do HIV, e imunidade normal. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3085-7059 do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo.
Fonte: Agencia Brasil.
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