Canto do Buriti: problema na telefonia atinge sistema bancário

Transmitida ao vivo pela Rádio FM Canto do Buriti, a audiência pública da CPI da Telefonia em Canto do Buriti levou à Câmara Municipal pessoas do povo, estudantes e autoridades, na manhã desta terça-feira (12), onde as reclamações foram repetidas: ausência de sinal da internet, créditos comprados e não utilizados, mas que desaparecem no celular, serviços bancários prejudicados por queda do sistema.
O presidente da CPI da Telefonia, deputado Cícero Magalhães, explicou que apesar de já ter ouvido as mesmas queixas dos usuários em outras 12 cidades, a CPI faz questão de ir até as comunidades, para mostrar que há uma preocupação do Legislativo em chegar até o consumidores.
“Nós já ouvimos essas reclamações nas outras cidades, mas fizemos questão de estar presentes nas principais cidades do Piauí, para levar o debate para a Câmara Municipal, onde ouvimos as reclamações e sugestões dos clientes dessas operadoras.
O presidente da Câmara Municipal de Canto do Buriti, Reginaldo Aluisio de Moura Chaves, auxiliou a CPI na oitiva dos usuários. Ele afirmou que apoia iniciativa da CPI de percorrer o Piauí e ouvir os consumidores dos serviços de telefonia e internet.
“Tudo que é de bom para o povo da minha terra, para Canto do Buriti e para a nossa Câmara Municipal, terá nosso apoio. Gostaria de agradecer de coração a presença da CPI em nossa cidade”, afirmou Reginaldo Chaves.
O vereador Átila de Moura Ribeiro também fez a saudação à CPI, reclamando que há dois dias a TIM está fora do ar na cidade.
A estudante Michele Siqueira disse que cansou de ouvir música, por mais de uma hora, quando vai reclamar. E os problemas terminam sendo resolvidos. “A zona rural continua sem sinal. E porque as pessoas têm que comprar antena para receber o sinal?”, questionou.
O aluno Pablo Santos disse que em Canto do Buriti a internet é lenta ou não conecta. “Para ter acesso é preciso ter antena e pagar mais caro por mês. O atendimento também é precário. E a gente é obrigado a esperar uma semana pela manutenção”.
Rafael Mesquita, também aluno, disse que recebeu a mensagem promocional da operadora sobre o lançamento de um novo celular.
“E assim permaneceu por vários dias, consumindo meus créditos”.
Gabriel Piaulino disse que está difícil até para estudar. Como os universitários da Universidade Aberta. Defendeu mais investimentos na qualidade dos serviços até como forma de melhorar os lucros dessas operadoras.
A vereadora Aroli, esposa do ex-vereador Antonio José de Beija, presidente do PT no município, pediu desculpas por ter chegado atrasada. Zé de Beija atolou o carro por causa da chuva que caiu na região.
“A CPI não tem nenhum objetivo político, mas fazer valer os direitos dos clientes, principalmente de quem tem que andar até o alto dos morros, subir em árvores. Agradecemos os vereadores que vieram, aos estudantes, porque essa é a oportunidade de manifestarmos nossa indignação com o serviço da internet, com as operadoras e telefonia que não funciona em Canto do Buriti”.
Roberto Barbosa de Souza comprou um pacote da Vivo e nem com antena recebe o sinal da internet. Ele é acadêmico da Universidade Aberta com curso de Filosofia e não consegue ter acesso à internet para fazer seus trabalhos, pesquisas.
O morador Expedito Pio disse que os créditos que ele coloca desaparecem no mesmo dia, sem que ele tenha usado para fazer chamadas.
O secretário-geral da Comissão de Defesa do Direitos do Consumidor da OAB-PI, Roberto Jorge, que também é assessor jurídico da Câmara Municipal de Canto do Buriti, destacou que a parceria. Estamos caminhando junto com a CPI, questionando e cobrando das operadoras a qualidade dos serviços. Quarta-feira a CPI vai questionar as operadora e da Anatel. “Grande parte dos problemas existentes hoje são decorrentes da não atuação da Anatel”.
Presentes à audiência pública, os vereadores Átila de Moura Ribeiro e Aroli Nunes Pereira, a aluna Michele Siqueira, da Unidade Escolar Benjamin Valente, o ex-vereador Antonio José de Beija, presidente do PT no município, além do assessor jurídico da Câmara Municipal Roberto Jorge.

Fonte: Cidadeverde