quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

17% dos nascimentos no Piauí são de filhos de mães jovens

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulgou ontem os resultados das estatísticas do Registro Civil referente a 2010. No Piauí, 17,6% dos nascidos vivos em 2010 tinham mãe com idade entre 15 a 24 anos de idade, com destaque para os municípios de Monsenhor Hipólito e Flores do Piauí, onde essa tendência ainda é muito forte, quase o dobro da média do Estado, ao contrário dos municípios de Santa Cruz do Piauí e Floresta do Piauí com 5,9% e 7,7%, respectivamente.

A média de nascimentos em hospitais no Piauí, apesar de ter alcançado os 98,7% em 2010, empatado com Alagoas e a Bahia, ganha apenas dos 95,4% do Maranhão, o que demonstra a forte influência dos programas de saúde da família. De cada quatro óbitos violentos registrados no Brasil em 2010, um tinha idade entre 15 e 24 anos. No Piauí, dos 928 óbitos violentos registrados no mesmo período, 204(22%) das vítimas eram jovens nesse grupo etário, com destaque para os municípios de Picos com 11 casos, Parnaíba com oito casos e campo Maior, Marcolândia, Piripiri e Teresina com sete registros, cada. Dentre os Estados, Alagoas se destaca com o maior percentual nesse tipo de ocorrência (32,3%), quase o dobro da média de São Paulo (17,9%) que conseguiu reduzir dos seus 21,8% registrados em 2006 (-3,9 pontos percentuais) nos últimos cinco anos.

Os óbitos de menores de um ano de idade, por lugar de residência do falecido, registrados em 2010 somaram 2,8% do total de registros no Brasil. No mesmo ano foram registrados 267 casos desse tipo no Piauí, 1,9% dos 13.900 óbitos registrados. Em números absolutos, o destaque foi Teresina com 89 registros, Parnaíba e Cocal com nove casos cada. No caso específico de Cocal gera uma estranheza, visto que ambos estão na mesma região do Estado e Cocal tem pouco mais de um sexto da população de Parnaíba.

O Piauí registrou a maior proporção de casamentos entre solteiros (92,9) e a menor proporção de casamentos entre divorciados (0,8), o equivalente a um quinto da média do Rio de Janeiro ou de São Paulo (4,2) cada. Em geral, a proporção dos casamentos entre mulheres divorciadas e homens solteiros é pouco mais da metade dos casamentos entre homens divorciados e mulheres solteiras, exceto no Distrito Federal onde a proporção de casamentos entre homens divorciados com mulheres solteiras chegou a 10% dos casamentos realizados em 2010 na Unidade.

Quanto ao tempo de duração dos casamentos que acabaram em divórcios o Piauí aparece como o Estado onde esses casamentos duraram mais tempo (19,4 anos) e o Distrito Federal com apenas 14,2 anos. Os resultados mostram ainda que o regime de bens pode influenciar muito na decisão pelo fim do casamento, conforme demonstra a evolução dos divórcios nos casamentos com regime parcial de bens, entre os anos de 2000 (66,1) e 2010 (81,7) e o decréscimo de 29,9 para 13,9 nos casamentos com regime universal no mesmo período.

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