terça-feira, 18 de outubro de 2011

Guerra fiscal faz Piauí perder R$ 500 milhões por ano, diz governador

A guerra fiscal faz o Piauí perder aproximadamente R$500 milhões por ano. A estimativa é do governador Wilson Martins (PSB) que destacou que é preciso adotar soluções para compensar as perdas. O chefe do executivo estadual cobrou agilidade dos congressistas para agilizar normais sobre o e-commerce e também para reduzir

Segundo cálculos do Governo do Estado, somente no ano passado, os piauienses compraram R$1 bilhão por meio das compras virtuais. Neste ano, as projeções apontam que piauienses irão comprar R$1,6 bilhões por meio da internet. "O que acontece é que, se você compra um produto em uma loja virtual do Ceará 12% do imposto fica para o Ceará e apenas 5% para o Piauí. É preciso se regulamentar isso, porque o Piauí sai perdendo recursos", criticou Martins.

A necessidade de mudanças que venham a acabar com a guerra fiscal tem sido cobrada pelos governadores há muito tempo. Martins, por exemplo, chegou a tecer várias críticas à concessão de benesses fiscais por parte dos Estados para atrair investimentos.

Para o governador, a prioridade nesse momento é buscar a aprovação da emenda do senador Wellington Dias (PT) sobre os royalties do pré-sal para que o Piauí possa ser contemplado com mais recursos para investimentos em setores estratégicos como educação, saúde, segurança pública e infraestrutura. "Se tudo der certo, a partir de janeiro do próximo ano, já poderemos estar recebendo os recursos dos royalties", calcula.

Wilson Martins destacou que, com a aprovação dos royalties o próximo passo será buscar acabar com a guerra fiscal, fazer uma reforma tributária. "O que não pode acontecer é o que está acontecendo agora onde os Estados ricos estão enriquecendo e os pobres empobrecendo. Precisamos parar de ficar com pires na mão em busca de recursos e obras para o Estado", comenta.

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