O projeto que prevê a divisão dos royalties do petróleo entre estados
produtores e não produtores deve ser o foco das discussões na Câmara e
no Senado nesta semana. Se for votada no Senado, conforme está previsto,
a proposta seguirá para a Câmara. Para virar lei, terá depois de ser
sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
A intenção dos senadores é chegar a um acordo para que a proposta seja
votada pelo plenário do Senado nesta terça-feira (04/10), um dia antes
do dia previsto para a votação do veto à chamada Emenda Ibsen, que prevê
divisão igualitária dos royalties entre estados produtores e não
produtores. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse pedirá ao
presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o adiamento da votação do
veto à emenda - o Rio é um dos principais estados produtores.
Um eventual acordo em torno do parecer sobre o projeto deve ser
protocolado na Mesa Diretora do Senado nesta segunda (3) para que os
prazos sejam cumpridos. O acordo pode ser firmado durante uma reunião
entre parlamentares das bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo,
principais estados produtores de petróleo, com representantes do
Ministério da Fazenda.
Ao todo, 20 projetos que tratam de divisão de royalties entraram em regime de urgência no Senado na última quinta (29).
Destes, o que deve ser colocado em votação no plenário do Senado é o
projeto de autoria do senador Wellington Dias (PT-PI). Tramita em
conjunto com o projeto de Dias uma proposta do Executivo que também
trata de divisão dos royalties. É com base nesses dois projetos que está
sendo feito o parecer que será protocolado na segunda.
Além de buscar um acordo para o parecer, os senadores também precisam
destrancar a pauta da Casa. Três medidas provisórias precisam ser
votadas antes do projeto que prevê a divisão dos royalties do pré-sal.
A primeira medida trata do reajuste da bolsa aos médicos residentes. A
segunda medida autoriza créditos de R$ 500 milhões em favor dos
Ministérios da Defesa e da Integração Nacional. A terceira amplia o rol
de empresas que se enquadram entre das micro e pequenas, aptas a
ingressar no Simples Nacional (Supersimples), regime facilitado de
pagamento de tributos.
Câmara
Na Câmara dos Deputados, a pauta está trancada por quatro medidas provisórias e um projeto de lei.
Na Câmara dos Deputados, a pauta está trancada por quatro medidas provisórias e um projeto de lei.
A MP 539/11 institui a cobrança de IOF sobre operações de contratos
derivativos vinculados ao dólar. A MP 540/11 faz parte do plano do
governo de incentivo à indústria, chamado Brasil Maior, e concede
benefícios fiscais para alguns setores. A 541/11 cria o Fundo de
Financiamento à Exportação (FFEX), modifica regras de financiamento a
produtos e técnicas inovadoras e redefine a atuação do Inmetro.
A última medida que tranca a pauta é a 542/11. Ela altera os limites do
Parque Nacional dos Campos Amazônicos, do Parque Nacional da Amazônia e
do Parque Nacional Mapinguari, localizados nas regiões Norte e
Centro-Oeste.
Além das quatro medidas, também tranca a pauta o projeto de lei do
Executivo que cria a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, vinculada à
Presidência da República. No mês passado, a empresária Luiza Trajano,
dona do Magazine Luiza, confirmou que foi convidada pela presidente
Dilma para comandar a secretaria, que terá status de ministério.
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