Estreitar os laços entre a escola e a comunidade, favorecer a criação de um clima escolar harmonioso, contribuir para a cultura de paz nas escolas, reduzindo ocorrências de violência escolar, possibilitar a criação de espaços alternativos de lazer, educação, esporte, cultura e formação inicial para o trabalho fazem do Escola Comunidade, a Escola Aberta contribui com a melhoria da qualidade da educação, a inclusão e construção de uma cultura de paz na sociedade.
O programa é feito nas escolas por um coordenador escolar, que é um líder comunitário indicado pelo diretor que identifica demandas para as oficinas e talentos na comunidade.
O coordenador é responsável pela abertura da escola nos fins de semana e lidera o trabalho dos oficineiros, assegurando a realização das atividades. Um professor comunitário, que pode ser um servidor da escola, ligado à área pedagógica que atua em parceria com o coordenador escolar, tendo por função integrar as ações que acontecem nos fins de semana ao cotidiano escolar e vice-versa, os oficineiros, talentos locais que, atuando como educadores populares compartilham seus saberes, oferecendo oficinas para a comunidade, e, o diretor que é o gestor responsável pelo programa que viabiliza, incentiva e colabora para o seu bom funcionamento.
Desenvolvido em 17 escolas da rede estadual distribuídas nos municípios de Teresina, Altos e União, com atividades nos fins de semana, onde cada uma planeja suas oficinas de forma a melhor atender aos anseios de sua comunidade, havendo assim uma diversidade de oportunidades por cada uma delas, como: oficinas esportivas, culturais, pedagógicas e de iniciação ao trabalho e geração de renda, dentre outras.
Para Edvânia Silva, coordenadora interlocutora do programa no Piauí, o Escola na Comunidade está nas escolas piauienses desde 2006 e vem dando ótimos resultados. “Zonas Sul, Norte, Leste, todas possuem o programa e desenvolvem seus trabalhos com compromisso e responsabilidade, onde a comunidade aprende com as oficinas, obtém uma renda extra, e as crianças e jovens participam de atividades esportivas e culturais”, acrescenta.
“Uma equipe da Secretaria da Educação acompanha e monitora as Escolas Abertas, auxiliando-as e orientando-as quanto às questões operacionais, financeiras e pedagógicas a fim de que tenham um bom funcionamento”, disse a coordenadora temática, Francisca Lemos. Ela disse ainda que esse é um trabalho bastante relevante e dignificante, onde se percebe melhoras na qualidade não apenas do ensino, mas da vida das pessoas que participam. Uma coordenação nacional acompanha e monitora as Escolas Abertas em todo o Brasil.
Dona Marilene Campelo, que já tinha o dom de costurar, aprimorou seus conhecimentos, participou de oficinas e hoje é oficineira. “Eu ministro oficina de montagem de colchas, para pessoas da melhor idade, na Unidade Escolar Pequena Rubim. É um trabalho gratificante, onde repasso o que aprendi. É uma terapia, um aprendizado”, disse a oficineira.
Júlia Rahab, Priscila Natália, Diogo Araújo e Antônio Paulo participam da oficina de música no Pequena Rubim, pensam em seguir carreira e, quem sabe, montar uma banda. “Lá aprendemos a tocar e cantar, mas pretendemos seguir carreira e continuar estudando música”, comenta Priscila. Os jovens moram na comunidade. No grupo, os meninos tocam e as meninas cantam.
Micaelli Marinho, que ministra uma oficina de balé para crianças na Unidade Escolar Júlia Nunes, no Dirceu, afirma que é ótimo poder contribuir, ensinando o que ela ainda está aprendendo. “Sou aluna da Escola de Dança do Estado há 7 anos e há 1 ano passo as técnicas do balé para essas meninas que não têm condições de entrarem em escolas fora da comunidade onde elas residem”, disse a professora. Ela disse ainda que as alunas demonstram interesse, participando efetivamente das aulas, têm garra e um bom desempenho.
No bairro Bela Vista, Osmarina Gouveia organiza as oficinas de acordo com a necessidade da região. “Procuramos saber o que a comunidade está precisando e implantamos as oficinas. No momento, estamos realizando oficinas de biscuit, tapetes, almofadas, bonecas, bijuterias, crochê, redes, dentre outras”, disse.
Diante da relevância dos trabalhos realizados em cada escola e do sucesso da experiência a Seduc realiza mais uma Mostra Integrativa e Cultural, que integra as 17 escolas do programa e contribuindo para a valorização dos talentos da comunidade escolar e a visibilidade das produções de suas oficinas.
Destinado a mostrar as ações postas em prática nas escolas envolvidas no projeto pelos respectivos responsáveis e tornar claro que o Programa Escola Comunidade, Escola Aberta se apresenta como alternativa que certamente vai, além de simplesmente abrir as portas das escolas para as diferentes comunidades. Abre horizontes e constrói uma escola mais viva, participativa e prazerosa, construindo cidadania e democratizando o espaço público.
Seja bem vindo ao Informativo de Canto do Buriti, este espaço é nosso. Foi criado com o objetivo de fornecer informações de qualidade, servir como fonte de pesquisas, divulgar artistas e a cultural local e regional. Participe, envie-nos: Elogios, sugestões, críticas. A sua participação é muito importante!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário