Polícia Federal e Receita Federa realizam operação
A Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal (MPF), deflagraram no início da manhã desta quarta-feira (17/08) a Operação Alquimia. Estão sendo cumpridos, 31 mandados de prisão, 63 de condução coercitiva, e 129 mandados de busca e apreensão.A operação tem o objetivo de combater uma organização criminosa composta por quase 300 empresas suspeitas de fraudar o Fisco. As ações acontecem em 17 estados e mais o Distrito Federal. No Piauí, os agentes trabalham no sequestro de bens de pessoas físicas e jurídicas. A Polícia Federal ainda não divulgou quantos mandados devem ser cumpridos no estado.
Os órgãos apuram indícios encontrados em investigações de prática de diversos crimes, como sonegação fiscal, fraude à execução fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A PF classifica a operação como uma das maiores do gênero nos últimos anos no país.
Os estados onde ocorre a operação são: Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. De acordo com a PF, que executa a operação em conjunto com a Receita, ações apenas de sequestro de bens acontecem também nos estados de Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Distrito Federal, além do Piauí.
O sequestro de bens, decretado pela Justiça Federal, inclui veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos. Participam da operação cerca de 90 auditores fiscais da Receita e aproximadamente de 500 policiais federais. A Receita já fiscalizou 11 empresas do grupo investigado, com um total de R$ 110 milhões em créditos tributários constituídos. "Um dos resultados esperados com a operação é a satisfação desta dívida junto ao Fisco", diz a Receita, em nota.
INVESTIGAÇÕES
As investigações tiveram início quando a Receita Federal detectou indícios de crimes contra a ordem tributária em uma das empresas do grupo. Havia também a suspeita de existência de fraudes na constituição de empresas utilizadas como “laranjas”.
O esquema seria utilizado para forjar operações comerciais e financeiras com intuito de não recolher os tributos devidos ao Fisco. Para isso, os órgãos investigam a utilização de empresas interpostas (laranjas), empresas sediadas em paraísos fiscais, factorings (atividade de fomento mercantil) e até fundos de investimento utilizados na suposta fraude. A organização criminosa investigada é composta por quase 300 empresas nacionais e estrangeiras, sendo que as últimas têm sua maioria sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Das empresas diretamente envolvidas nos fatos apurados, identificou-se que pelo menos 50 são “laranjas”.
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