Reduzir as desigualdades em saúde na mortalidade materna, fetal e
infantil faz parte do compromisso em todos os níveis de Governo,
assumido também pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). E para
acelerar essa redução, na manhã desta sexta-feira (19), foi iniciado o I
Fórum Perinatal do Piauí, que aconteceu no auditório da Secretaria da
Administração (Sead) e reuniu instituições governamentais e
não-governamentais para discutir a saúde materno-infantil no Estado e
formar uma Comissão Perinatal do Piauí.
Para a redução, os serviços de saúde devem ser mais acessíveis e
eficientes, principalmente, onde os riscos são maiores. Em sua
participação durante a abertura do Fórum, a secretária de Estado da
Saúde, Lilian Martins, comentou que a fragilidade da rede
materno-infantil não se justifica nos dias de hoje e que é necessária
uma maior atenção nesse setor. “Avançamos muito nas últimas décadas,
mas, ainda não é o ideal, onde o índice de mortalidade passa a ser zero.
É importante lembrar que saúde não é só hospital e nos colocarmos como
participantes da nossa saúde, estendendo também atenção à saúde da
gestante e da criança”, afirma.
Durante a apresentação a secretária citou o Guia dos Direitos da
Gestante e do Bebê, uma publicação do Ministério da Saúde em parceria
com o Unicef que faz parte de uma das ações da Rede Cegonha. O guia foi
entregue à secretária durante a reunião promovida pelo Unicef com 110
gestores do Piauí, que caracteriza-se, de acordo com o superintendente
do Unicef no Brasil, Ruy Aguiar, como um estado prioritário em ações de
combate à miséria, podendo receber o Selo Unicef, um reconhecimento
internacional concedido a municípios brasileiros que alcançarem
importantes melhorias na qualidade de vida de crianças e adolescentes.
O Piauí foi o estado do Nordeste brasileiro que teve maior redução na
mortalidade infantil, seguindo a tendência da média nacional, que, nas
últimas décadas, apresentou uma redução de 60%. Contudo, o Estado possui
24 municípios que apresentam indicadores preocupantes e a secretária
Lilian Martins comenta que é preciso ir além dos dados e colocar
atitudes concretas. “Não adianta lamentar índices se nós não tomarmos
consciência do nosso papel em prol da redução da mortalidade
materno-infantil. É preciso realizar atividades concretas, desde o
acolhimento a casos mais graves, para assim comemorarmos dados positivos
da saúde da mãe, da mulher e da criança”, acrescenta.
O Fórum Perinatal conta com a participação de representantes das
secretarias municipais de 24 municípios onde os índices de mortalidade
materno-infantil são elevados. Além de representantes do Ministério da
Saúde, Fundação Municipal de Saúde, hospitais e faculdades.
Participa também o Comitê Estadual de Mortalidade Materna, através do
médico obstetra Joaquim Parente e das apoiadoras do Plano de
Qualificação das Maternidades, Annatália Gomes e Soraia Albuquerque,
ambas do Ministério da Saúde. Todos reunidos com o objetivo de formar a
Comissão Perinatal do Piauí, que vai levantar estratégias de trabalho
para continuar a redução de mortalidade infantil no Estado até alcançar a
erradicação.
O evento acontece durante toda a sexta-feira (19). A programação inclui
a apresentação do atual contexto de atenção Perinatal no Piauí e a
experiência do SUS que deu certo, como o hospital Sofia Feldaman, em
Belo Horizonte.
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