quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Trabalhadores dos Correios são impedidos de trabalhar

As famílias, comércios, empresas da Zona Leste de Teresina não receberão correspondências nesta quarta-feira, 31. Acontece que a diretoria regional dos Correios, sob orientação do governo Dilma Russeff, como forma de reprimir o movimento dos ecetistas (trabalhadores dos Correios), decidiu cortar o ponto dos servidores que chegaram atrasados nesta manhã para trabalhar.

Os trabalhadores estavam em manifestação da Campanha Salarial em frente ao edifício sede dos Correios, na Rua 7 de Setembro. Eles protestavam por melhorias salariais, condições dignas de trabalho e contra a aprovação da Medida Provisória 532, a ser votada no Senado ainda hoje.

De acordo com Edvar Soares, presidente do Sintect-Pi, sindicato da categoria, essa MP privatiza os Correios. As consequências dessa privatização, segundo ele, já é conhecida pelos trabalhadores e toda a população: demissões em massa, perda de direitos, aumento das terceirizações, sobrecarga de trabalho e desvio de finalidade, colocando o lucro acima da obrigação social.

Nesse sentido os ecetistas deram hoje o pontapé inicial para a greve nacional prevista para o dia 14 de setembro. Para enfraquecer o movimento, o diretor regional cortou o ponto dos trabalhadores dos Centros de Distribuição Domiciliaria (CDDs). Apesar dessa atitude do diretor, os trabalhadores dos vários CDDs (Centro, Norte, Leste e Parque Piauí), indignados, decidiram paralisar por todo o dia de hoje.

No CDD Leste, por exemplo, quase 100% dos trabalhadores paralisaram. Por conta disso, toda a distribuição das correspondências da Zona Leste está comprometida.

Toda a culpa desse transtorno é da diretoria dos Correios. O sindicato ainda tentou negociar para que os trabalhadores pudessem entrar para trabalhar, já que o atraso seria de apenas 20 minutos. Portanto, daria para executar todas as tarefas sem que houvesse qualquer prejuízo para a população.

No entanto, a Diretoria Regional da empresa, de forma intransigente, não voltou atrás na decisão. Sendo que durante dois dias da semana os trabalhadores ficaram presos nos setores, em reuniões da empresa, por pelo menos 2 horas do horário normal de entrega.


Fonte:180graus


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